Os maiores desafios dos profissionais de manutenção e confiabilidade é manter as máquinas nas instalações funcionando.
Ter as habilidades e conhecimentos necessários é fundamental para garantir que esses serviços possam ser mantidos disponíveis.
Compreender as causas principais da falha do maquinário ajudará a evitar paradas não programadas e interrupções de serviços.
É preciso ficar atento aos barulhos das máquinas, se elas estão esquentando, vibrando excessivamente, cavitando ou com óleo de aparência escura. Essas condições são sintomas de uma causa raiz mais profunda.
É possível que você repare, substitua, reconstrua ou remova os sintomas e ainda não se livre da causa raiz. A causa raiz é o motivo fundamental ou principal falha.
As causas principais pode ser problemas como desequilíbrio, desalinhamento, lubrificação deficiente, ressonância, contaminação por partículas, contaminação por umidade, pé manco e muitos outros tipos de problemas.
Podemos fazer uma analogia desses problemas e nessas diferenças de sintomas e causas básicas como uma erva daninha. Você pode continuar cortando uma erva daninha, mas ela normalmente volta a crescer e você precisa cortá-la novamente.
Ruídos, vibrações e falta de precisão dos equipamentos podem indicar problemas muito mais graves que aquele que está sendo percebido. É preciso investigar a causa raiz da falha e entender como evitá-la no futuro. Para isso, existe a Análise da Causa Raiz (ou RCA, sigla em inglês para Root Cause Analysis), que se baseia em encontrar, corrigir e documentar as falhas primárias, de modo a auxiliar na correta manutenção dos ativos.
Causa raiz da falha: os principais métodos de análise
Embora gestores possam optar por diferentes métodos de análise, o objetivo deles é um só: encontrar a causa raiz do problema. E ela deve ser reduzida a uma só!
Não importa se a forma de análise escolhida foi a Espinha de Peixe ou Os 5, a metodologia deve ser certeira na detecção da falha inicial. Apenas com a certeza de lidar com o problema certo é que será possível encontrar a solução mais adequada.
Você irá perceber que muitas hipóteses serão levantadas durante a procura pela causa raiz da falha. Mas, é imprescindível que apenas uma delas seja apontada como a catalisadora dos eventos posteriores.
Técnica dos 5 porquês
Antes de começar, é bom ressaltar que o “5” citado é apenas uma referência. O número de “porquês” pode ir bem além deste que consta no título.
O motivo é bem simples: encontrar a causa raiz da falha pode ser um trabalho bastante complexo e que envolve muitas variáveis.
A técnica consiste em fazer com que a falha apresentada sirva de base para questionamentos que, à medida que se aprofundam, revelam a causa raiz.
Para ficar mais claro, imagine que uma máquina parou. Ao aplicar o método dos “5 porquês”, o raciocínio aplicado seria:
Por que a máquina parou?
Por que o circuito ficou sobrecarregado?
Por que houve lubrificação insuficiente ou em excesso nos rolamentos?
Por que a bomba não circula óleo suficiente?
Por que a entrada da bomba está entupida com aparas de metal?
Entretanto, a causa raiz da falha é uma só: a falta de sincronia entre setores tão importantes para manter a competitividade da indústria.
Método Espinha de Peixe
Esta abordagem é mais visual. Embora seja parecida com a dos “5 Porquês”, trabalha um pouco mais na subcategorização dos problemas adjacentes.
Para começar, você deve traçar uma linha horizontal (a “espinha do peixe”) e ramificações que partem deste esqueleto (as “costelas do peixe”).
Cada ramificação corresponde a uma categoria que deve ser avaliada, sendo que estas também podem ser divididas em subcategorias.
Ainda considerando o exemplo anterior, onde há a quebra do dente da engrenagem do trator, ao utilizar o Método Espinha de Peixe (também conhecido como Diagrama de Ishikawa), a análise ocorreria da seguinte maneira:
Nas ramificações, surgem as categorias que podem ter influência na causa raiz do problema. A cada subcategorização, é possível ver claramente quais segmentos podem ser descartados, quais inconformidades podem ser correlacionadas e quais são as verdadeiras causas raiz do problema.
O que fazer após identificar a causa raiz da falha
Diagnosticar a causa raiz da falha tem um papel fundamental para manter a competitividade do negócio. Apenas conhecendo os pontos de atenção das máquinas é que se podem traçar estratégias para mitigar os danos.
Todavia, é preciso que as informações obtidas nas análises sirvam de base para evitar novos colapsos.
Para isso, atue seguindo estes 5 passos:
1. Identifique quais ações corretivas capazes de evitar a recorrência das falhas. Analise se essas atitudes reduziriam ou evitariam o colapso, caso tivessem sido implementadas previamente;
2. Categorize as ações corretivas em:
2.1 as que impediriam a recorrência com razoável certeza;
2.2 aquelas que estão dentro do seu controle;
2.3 que atendem as metas e objetivos;
2.4 as que não criam nem suscitam outros imprevistos.
3. Implemente as ações na causa raiz;
4. Acompanhe o desempenho dessas ações e garanta que estão atendendo as expectativas;
5. Detecte e aborde também as situações correlacionadas à causa raiz da falha.
Todas essas informações servem de base para a equipe de manutenção industrial.
Em posse delas, o setor pode agir de modo a evitar novos problemas, gerar economia para a indústria e manter a disponibilidade dos ativos agrícolas, diminuindo até mesmo a sua depreciação.
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